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Catedral de Nôtre-Dame de Paris - a Cruz permanece em pé enquanto o mundo dá voltas

Quarta-feira, 17.04.19

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"A Segunda-Feira da Semana Santa de 2019 se encerrou de modo tristemente surpreendente para os católicos do mundo inteiro, que, perplexos, assistiram ao vivo à grande destruição que se abateu sobre uma das suas mais emblemáticas e queridas catedrais. Nôtre-Dame de Paris ardeu sob as chamas.

Ela será restaurada, como já o foi tantas vezes ao longo dos seus mais de 850 anos de história, embora nunca vá recuperar, obviamente, a parte dos seus tesouros que ali se desintegraram. Voltará a ficar de pé, mas não será mais a mesma.Ocorre que estas duas frases, unidas literalmente pela “adversidade”, também podem e devem ser ditas na ordem inversa: ela não será mais a mesma, mas voltará a ficar de pé.

Neste mundo, a matéria se transforma e passa, mas o espírito não morre. E nenhuma outra época do ano é tão propícia para nos recordar esta lição quanto a Semana Santa.Mesmo a Cruz passa, pois vem a Ressurreição. Ainda assim, Ressurreição e Cruz estão de tal forma integradas e unidas que pode até haver cruz sem ressurreição, mas não há Ressurreição sem Cruz.

Bem o sabiam aqueles monges da Grande Cartuxa – franceses, aliás – que apontaram, em meio às figuras deste mundo que passa, o único ponto de referência que une a transitoriedade difusa à luminosa eternidade:

Crux stat dum volvitur orbis -  “A Cruz permanece em pé enquanto o mundo dá voltas”.

E foi isto o que se viu nesta imagem, impactante e referencial, do meio dos escombros de Nôtre-Dame – que passarão." 

Fonte : Aleteia 

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publicado por Maria Oliveira às 12:25

Porque Jesus dobrou o lenço que cobria a Sua Cabeça, no sepulcro?

Terça-feira, 03.04.18

   Uma tradição judaica daquele tempo nos revelaria a mensagem arrepiante representada por esse gesto aparentemente insignificante

      O Evangelho segundo São João, no capítulo 20, nos fala de um lenço que tinha sido colocado sobre a Face de Jesus quando Ele foi sepultado, ao final da tarde da Sexta-Feira Santa.

   Ocorre que, após a Ressurreição, quando o sepulcro foi encontrado vazio, esse lenço não estava caído a um lado, como os lençóis que tinham envolvido o Corpo de Jesus. O Evangelho reserva um versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado cuidadosamente e colocado à cabeceira do túmulo de pedra.

Mas por que Jesus dobrou o lenço que cobria a Sua cabeça no sepulcro depois de ressuscitar?

Bem cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena foi até o local e descobriu que a pesadíssima pedra que bloqueava a entrada do sepulcro tinha sido removida. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele a quem Jesus tanto amara – São João Evangelista – e lhes disse:

“Retiraram o Corpo do Senhor e não sei para onde O levaram!”

Pedro e o outro discípulo correram até o túmulo. João passou à frente de Pedro e chegou primeiro. Parou e observou os lençóis, mas não entrou. Então Simão Pedro chegou, entrou no sepulcro e notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que havia coberto a Divina Face estava dobrado e colocado a um lado.  Isto é importante? Definitivamente. Isto é significativo? Sim. Por quê?

Para poder entender a significância do lenço dobrado, temos que entender um pouco a respeito da tradição hebraica da época.

O lenço dobrado tem a ver com uma dinâmica diária entre o amo e o servo – e todo menino judeu conhecia bem essa dinâmica. O servo, quando preparava a mesa de jantar para o amo, procurava ter a certeza de fazê-lo exatamente da maneira desejada pelo seu senhor.

Depois que a mesa era preparada, o servo ficava esperando fora da visão do amo até que ele terminasse a refeição. O servo não se atreveria jamais a tocar na mesa antes que o amo tivesse acabado. Ao terminar, o amo se levantaria, limparia os dedos, a boca e a barba, embolaria o lenço e o jogaria sobre a mesa. O lenço embolado queria dizer: “Eu terminei“.

Agora, se o amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo não ousaria tocar ainda na mesa, porque aquele lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”

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Adaptado de excerto do livro “Histórias e parábolas para a família“, do pe. Chrystian Shankar - site Aleteia

 

 

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publicado por Maria Oliveira às 14:59