Meraki
"Daria tudo o que sei pela metade do que ignoro"
Livro Erico Verissimo - Olhai os Lírios do Campo
Não conhecia o autor , arrisquei, e fiquei positivamente surpreendida : é um livro profundo e que nos engrandece; Nele o autor , analisa a essência do ser humano e o mundo que o rodeia, cuja história nos mostra que a verdadeira felicidade , a paz interior, está nas pequenas coisas da vida , quando olhamos e apreciamos os lírios do campo, como Cristo falou no Sermão da Montanha,quando paramos e agradecemos o que temos e o que somos; Quando sobretudo valorizamos o que temos!
Deixo um breve resumo: Relata a trajetória de Eugénio Pontes , desde a sua infância pobre e cheia de dificuldades até à sua carreira de médico, a custo dos sacrificios dos pais; Contudo a ambição dele leva-o a cometer erros tremendos que o afetarão ao longo da vida;
«Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo pelo que haveis de vestir; não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? Por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam, contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.- (Mateus 6:24-33)
Maria Oliveira
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Porque Jesus dobrou o lenço que cobria a Sua Cabeça, no sepulcro?
Uma tradição judaica daquele tempo nos revelaria a mensagem arrepiante representada por esse gesto aparentemente insignificante
O Evangelho segundo São João, no capítulo 20, nos fala de um lenço que tinha sido colocado sobre a Face de Jesus quando Ele foi sepultado, ao final da tarde da Sexta-Feira Santa.
Ocorre que, após a Ressurreição, quando o sepulcro foi encontrado vazio, esse lenço não estava caído a um lado, como os lençóis que tinham envolvido o Corpo de Jesus. O Evangelho reserva um versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado cuidadosamente e colocado à cabeceira do túmulo de pedra.
Mas por que Jesus dobrou o lenço que cobria a Sua cabeça no sepulcro depois de ressuscitar?
Bem cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena foi até o local e descobriu que a pesadíssima pedra que bloqueava a entrada do sepulcro tinha sido removida. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele a quem Jesus tanto amara – São João Evangelista – e lhes disse:
“Retiraram o Corpo do Senhor e não sei para onde O levaram!”
Pedro e o outro discípulo correram até o túmulo. João passou à frente de Pedro e chegou primeiro. Parou e observou os lençóis, mas não entrou. Então Simão Pedro chegou, entrou no sepulcro e notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que havia coberto a Divina Face estava dobrado e colocado a um lado. Isto é importante? Definitivamente. Isto é significativo? Sim. Por quê?
Para poder entender a significância do lenço dobrado, temos que entender um pouco a respeito da tradição hebraica da época.
O lenço dobrado tem a ver com uma dinâmica diária entre o amo e o servo – e todo menino judeu conhecia bem essa dinâmica. O servo, quando preparava a mesa de jantar para o amo, procurava ter a certeza de fazê-lo exatamente da maneira desejada pelo seu senhor.
Depois que a mesa era preparada, o servo ficava esperando fora da visão do amo até que ele terminasse a refeição. O servo não se atreveria jamais a tocar na mesa antes que o amo tivesse acabado. Ao terminar, o amo se levantaria, limparia os dedos, a boca e a barba, embolaria o lenço e o jogaria sobre a mesa. O lenço embolado queria dizer: “Eu terminei“.
Agora, se o amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo não ousaria tocar ainda na mesa, porque aquele lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”
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Adaptado de excerto do livro “Histórias e parábolas para a família“, do pe. Chrystian Shankar - site Aleteia